terça-feira, 5 de maio de 2009

É O AMOR...



Na Bahia, mais específicamente numa cidade chamada ENCRUZILHADA, no recôndito da cela de uma delegacia, um preso recebe visita íntima. Ele Cléber, Ela Rita. Ambos em idílio onírico, ambos num contubérnio típico de macho e fêmea, ávidos por amor e prazer. O lugar, embora um tanto estranho, (nem tão estranho assim por ser no país que é) não importa, desde que este himeneu tenha sucesso e proporcione prazer e satisfação ao par nele envolvido.


Esta cena um tanto bucólica e perpassada de um certo toque de fantasia erótica, seria normalíssima, se o casal em questão não fosse: ele condenado a 12 anos de reclusão por assalto a mão armada e ela nada mais, nada menos, que a carcereira da delegacia. O galã de tão inusitado episódio, usufruia de todas as benesses concedidas pela guardiã do local, inclusive o ter a porta da sua cela aberta em tempo integral, permitindo assim o livre trânsito do garanhão pelas dependências da dita Delegacia desfilando talvez, o seu sex appeal ,de tal forma appeal que enlouqueceu de desejo a autoridade constituída para guarda-lo. A Cérbera em questão, mostrou logo de cara o que na verdade a baiana tem. No seu uniforme um tanto amarfanhado pelo senta-levanta do "ofício" deve ter tocado profundamente as fibras do coração indômito daquele apenado que ali estava recluso, por certo inocentemente, devido à alguma injustiça perpetrada contra ele.


Suspeita-se que deste conúbio tenha resultado um pimpolho, cujo o pai a dama recusa-se veementemente a declinar a graça.


E o Delegado, chefe deste lupanar carcerário, por onde anda a estas alturas?


Bem, este aparece de vez enquando para sacudir a poeira do paletó pendurado vitaliciamente no encosto da cadeira e para trocar os alvos lençóis da CELA DO AMOR.




Creio em Deus Pai.