terça-feira, 26 de maio de 2009

VOLTANDO À CARGA



Andei fazendo recesso. Recesso para reorganizar as idéias, os conceitos e até, por que não dizer, os preconceitos.


Todo o pensador que se preze tem estes surtos de recolhimento. Na maioria dos casos trata-se de charme mesmo.


No meu caso quem surtou foi a Internet que não queria colocar o Blog no ar por nada deste mundo. Vai saber por quê.


Hoje quero chamar a vossa atenção sobre um assunto que julgo bem interessante.


Comparação.


A maioria das pessoas pauta a sua vida pela vida do outro. Talvez seja porisso que as novelas, e as revistas de fofocas sobre famosos façam tanto sucesso na mesma proporção em que os índices de felicidade caem considerávelmente.


Quando um famoso destes aparece em seu habitat natural, em video ou em fotografia, tudo devidamente maquiado inclusive o próprio personagem, imediatamente o indivíduo tem a sua aparência, seu ambiente e seus pertences devidamente scanneados e não raras vezes copiados.


O ser humano, sei lá por que, precisa de ícones. Sem eles as pessoas perdem o rumo.


O casamento da fulaninha da novela tal, o divórcio do sicrano presidiário cantor nas horas vagas, a conversão (muito conveniente) ao evangelho do rapazinho dançarino e aprendiz de streapper, que agora "dá" testemunho emocionado de como aquela vida que levava era perdida aos olhos do Senhor, e por ai afora, causam comoção nacional e ti ti ti nos programetes superficiais das tardes televisivas. Aliás, sobre estas conversões evangélicas e convenientes eu comentarei em outra oportunidade.


Voltando ao assunto Iconolatria, pesquisas dão conta de que quanto menor a capacidade intelectual e financeira do ser humano, maior é a sua obsessão por ícones de todas as áreas e maior a atração por futilidades.


Exemplo:


Voces podem imaginar ANTONIO ERMÍRIO DE MORAIS, no gabinete da FIESP discutindo com os seus assessores os rumos da novela Caminho das Índias e empunhando uma revista onde a Glória Perez(s) dá algumas "dicas" de como a personagem Maya vai dizer que o filho não é do marido ao som do forró cultíssimo do Calcinha Preta? Seria o mesmo que fazer o Presidente da República gostar de Charles Aznavour, Chico Buarque ou Puccini (effe último é difífil pronunfiar companhero!)!


Tudo na verdade é uma questão de nível. Não de riqueza material mas de intelectual.


Porisso sempre digo aqui e por onde vou que a educação é a base de uma sociedade equilibrada, próspera e feliz, sem contar que uma sociedade onde a cultura é levada a sério é uma sociedade que tem bom gosto para tudo.
Ah! Lembram do Sylvester Stallone, o saradão que fazia as moçoilas suspirar em êxtase erótico? Pois é.



Voltaremos